segunda-feira, 8 de julho de 2013

Como agir diante das oposições à sua fé


O apóstolo Pedro escreveu a carta que denominamos “Primeira Epístola de Pedro” para os cristãos que estavam sofrendo duras perseguições por causa da sua fé em Jesus. Aquelas pessoas estavam sendo presas e algumas até mortas por causa do evangelho. As perseguições vinham de todos os lados: dos judeus e do mundo não-judeu e pagão, incluindo aí as autoridades do Império Romano.

No início de sua carta, Pedro escreve aos seus destinatários: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo. Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações” (I Pd 1:3-6). Com essas palavras, Pedro começa escrevendo que, embora os seus destinatários devessem ser alegrar por serem tão abençoados por Deus, estavam também tristes por causa das várias provações que vinham sofrendo por conta das perseguições à sua fé em Jesus.

Diante daquelas circunstâncias, Pedro escreveu essa carta com o propósito de orientar aos seus destinatários como deveriam viver diante das perseguições à sua fé em Cristo. Ao atentarmos às suas palavras, podemos também aprender com o apóstolo o modo de Deus de nos portar diante das perseguições à nossa fé.

Pedro afirma que devemos ter uma conduta de vida exemplar diante dos não crentes: “A conduta de vocês entre os pagãos deve ser boa, para que, quando eles os acusarem de criminosos, tenham de reconhecer que vocês praticam boas ações, e assim louvem a Deus no dia da sua vinda. Por causa do Senhor, sejam obedientes a toda autoridade humana: ao Imperador, que é a mais alta autoridade; e aos governadores, que são escolhidos por ele para castigar os criminosos e elogiar os que fazem o bem. Pois Deus quer que vocês façam o bem para que os ignorantes e tolos não tenham nada que dizer contra vocês” (I Pd 2:12-15).

O apóstolo também diz que se sofrermos perseguição, que seja por fazermos o bem, e não o mal: “Se algum de vocês tiver de sofrer, que não seja por ser assassino, ladrão, criminoso ou por se meter na vida dos outros. Mas, se alguém sofrer por ser cristão, não fique envergonhado, mas agradeça a Deus o fato de ser chamado por esse nome” (I Pd 4:15, 16).

Por isso, a conduta de um discípulo de Jesus deve ser coerente com a fé que abraçou: “Então, de agora em diante, vivam o resto da sua vida aqui na terra de acordo com a vontade de Deus e não se deixem dominar pelas paixões humanas. No passado vocês já gastaram bastante tempo fazendo o que os pagãos gostam de fazer. Naquele tempo vocês viviam na imoralidade, nos desejos carnais, nas bebedeiras, nas orgias, na embriaguez e na nojenta adoração de ídolos. E agora os pagãos ficam admirados quando vocês não se juntam com eles nessa vida louca e imoral e por isso os insultam. Porém eles vão ter de prestar contas a Deus, que está pronto para julgar os vivos e os mortos” (I Pd 4:2-5).

Perante a admiração dos não cristãos pela transformação e mudança da nossa vida, conforme Pedro descreve nas palavras ditas acima, o cristão precisa estar sempre pronto para defender a sua fé em Jesus: “Tenham no coração de vocês respeito por Cristo e o tratem como Senhor. Estejam sempre prontos para responder a qualquer pessoa que pedir que expliquem a esperança que vocês têm. Porém façam isso com educação e respeito. Tenham sempre a consciência limpa. Assim, quando vocês forem insultados, os que falarem mal da boa conduta de vocês como seguidores de Cristo ficarão envergonhados” (I Pd 3:15, 16).

Ao sofrermos perseguição por causa da nossa fé em Cristo, Pedro ensina que na perseguição dessa natureza recebemos o privilégio de compartilharmos dos sofrimentos de Jesus: “Meus queridos amigos, não fiquem admirados com a dura prova de aflição pela qual vocês estão passando, como se alguma coisa fora do comum estivesse acontecendo a vocês. Pelo contrário, alegrem-se por estarem tomando parte nos sofrimentos de Cristo, para que fiquem cheios de alegria quando a glória dele for revelada. Vocês serão felizes se forem insultados por serem seguidores de Cristo, porque isso quer dizer que o glorioso Espírito de Deus veio sobre vocês” (I Pd 4:12-14).

Por fim, Pedro demonstra que as perseguições contra a nossa fé cristã servem para a aprovação dessa fé que temos em Jesus: “Essas provações são para mostrar que a fé que vocês têm é verdadeira. Pois até o ouro, que pode ser destruído, é provado pelo fogo. Da mesma maneira, a fé que vocês têm, que vale muito mais do que o ouro, precisa ser provada para que continue firme. E assim vocês receberão aprovação, glória e honra, no dia em que Jesus Cristo for revelado” (I Pd 1:7).
 
Portanto, nas perseguições à nossa fé em Jesus, aprendemos com Pedro que devemos ter uma vida exemplar diante dos não crentes, de modo que, nossa conduta deve ser coerente com a nossa fé em Cristo, sofrendo por fazer o bem, e não o mal, compartilhando dos sofrimentos de Jesus, e estando sempre prontos para defender a nossa fé. E assim, quando nossa fé em Cristo recebe aprovação depois de passar pela provação, ela se torna muito mais firme e sólida, pronta para enfrentar desafios cada vez maiores para a glória de Deus.

Fica então a lição de que aqueles que desejam viver a plenitude dessa bênção, devem desenvolver uma fé interna inabalável, exercer seu ministério sem retroceder, usando as adversidades, como incentivo para avançar, como fez Jesus, também estabelecer aonde quer chegar e avançar nesse propósito, e finalmente usar as adversidades como forma de aumentar a medida da plenitude da bênção de Cristo em suas vidas.
Deve-se pedir sabedoria a Deus, para que, diante das adversidades, ao invés de se fracassar na fé, abandonar ministério, desistir dos objetivos e perder a bênção de Cristo, se possa apropriar das dificuldades e as usar para avançar no propósito de glorificar a Deus!!!

Que Deus nos envolva na plenitude da bênção existente em Seu Filho, Jesus Cristo!

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